Um hospital de campanha para atender pacientes com caso suspeito ou confirmado do novo coronavírus já está sendo preparado em Peruíbe. A estrutura, que foi feita nos últimos anos para abrigar a nova maternidade do município, estava programada para ser inaugurada nas próximas semanas. “Estava tudo pronto para isso, mas a emergência do momento infelizmente não é a maternidade, é o Covid-19.”, informou o prefeito Luiz Mauricio.
A ideia é que o local tenha seis leitos de UTI, 15 leitos de enfermaria, três leitos de observação e um de emergência. A nova decisão foi tomada por Mauricio após o aumento de casos suspeitos com necessidade de internação na cidade. Recentemente o município chegou a ter 11 pacientes do município no mesmo dia em unidades da região. Sete no Hospital Regional de Itanhaém (três na UTI), um na UTI do Hospital Guilherme Álvaro e outro na Santa Casa de Santos.
Nos últimos dias o prefeito se reuniu com a diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS-IV), Paula Covas e recentemente foi feita uma vistoria no prédio. “Foi aprovado, então devemos ter realmente novidades com relação a isso nos próximos dias. E a ideia é que a gente consiga fazer com que essa seja uma unidade de atendimento para a população de Peruíbe. Porque hoje nós temos no município três respiradores e sete leitos. Então realmente é necessário.”
Mauricio explica que se o município não tiver esse atendimento ampliado, a cidade pode ter problemas futuros. “Não tomamos essa medida de forma isolada. Mas sim com um olhar metropolitano dentro do critério que a Secretaria de Saúde do Estado tem para os municípios e isso eu tenho certeza que ajudará bastante Peruíbe e a região.”
O chefe do Executivo também lembra que em Peruíbe muitos se preocupam com o fato de a cidade não ter um hospital municipal, mas destaca que a Baixada Santista conta alguns hospitais na chamada rede referenciada da região como o Hospital Regional de Itanhaém, o Hospital Guilherme Álvaro e até mesmo o Hospital Regional de Registro. Unidades estaduais para o atendimento necessário aos pacientes dos municípios da região.
“Então hoje a gente consegue fazer esse atendimento, mas se daqui alguns dias entrar em colapso, nós teremos problema e por isso já tomamos algumas medidas e já iniciamos a fase de implantação aqui na nossa maternidade.”, alertou.
A secretária de Saúde do município, Mariana Trazzi, adianta que a prefeitura também já enviou o projeto à Secretaria de Saúde do Estado. “A Secretaria de Estado e a DRS viram isso com bons olhos, porque isso soma-se muito não só para o nosso município como para a nossa região. Nós já estamos levantando o preço, o custo de tudo isso para poder fazer com que isso venha a acontecer o quanto antes”.
Por fim, ela destaca a importância da liberação do Estado. “Para ter leito de UTI a gente precisa de respirador, mas nem nós, nem os demais município da região conseguimos comprar até agora. Porém nos adiantamos com a parte de documentação, CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) e a gente vai deixar essa estrutura montada para o Estado vir e nos ajudar para que os atendimentos já iniciem”.